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A Henkel utiliza Tecnologia com energia renovável em adesivos

Atualizado: 26 de jul. de 2022


Carlos Motta é Gerente de Desenvolvimento e Aplicações da Henkel.


O mundo pede urgência na adoção de procedimentos mais sustentáveis e, em paralelo, empresas buscam formas de encontrar soluções alternativas e renováveis que possam ser aplicadas em substituição à petroquímica, uma fonte não renovável, cara, poluidora e finita. Dentro desse contexto, o Brasil surge como protagonista na aplicação de tecnologias adesivas com poliol de fonte vegetal.

Dois fatores colocam o país na vanguarda de aplicações com fonte vegetal: a qualificação técnica existente no mercado químico nacional e o suporte dado pela agricultura na utilização de materiais oleaginosos como base. Em vez de polióis oriundos do petróleo, esses espaços começam a ser ocupados pelo óleo de soja, etanol, entre outros materiais renováveis.

O Brasil é o maior produtor mundial de soja e cana-de-açúcar (base do etanol). Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil responde por 35,5% da oferta global de soja mundial, e a expectativa é que o país produza 149 milhões de toneladas de soja para o ciclo de 2022/2023, um recorde.

Essa fartura de insumos limpos já se traduz em aplicações de alta performance em diferentes segmentos industriais no Brasil, como o mercado de embalagens, em que o adesivo usado para fixar as laminações é composto por óleos vegetais.

Uma solução adesiva de fonte renovável tem ganhos sustentáveis em várias etapas, a começar pela captação do insumo. A extração de recursos finitos do subsolo consome altos valores e energia, ao contrário do investimento em obtenção de insumos vindos de plantações, que se renovam com o tempo sem degradar a natureza.

Já no campo fabril, o adesivo permite aplicações industriais com menor temperatura, o que representa menor gasto energético e consumo de carbono, otimização de processos e maior segurança laboral.

Para exemplificar a concepção de um adesivo hotmelt reativo, o material é feito à base de poliuretano (PU). O poliuretano, por sua vez, é resultado da mistura de isocianato e poliol. A diferença da tecnologia adesiva em relação à convencional está na composição do poliol, com fonte vegetal em vez de energia não renovável.

O aproveitamento de fontes renováveis em tecnologias adesivas se contrapõe à complexidade na extração dos recursos não renováveis. Diferentemente de uma fonte não renovável, como o petróleo, que é um recurso caro, poluente e finito, os recursos de origem vegetal são renováveis, limpos e encontrados com mais facilidade no país.

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