Autor: Paulo Henrique Galego Oliveira, engenheiro de aplicações e vendas da Schmersal
Segurança é algo primordial em qualquer setor da indústria. Sem ela, as empresas não conseguem se manter competitivas no mercado, tampouco despertam o interesse dos consumidores para os seus produtos.
Nessa questão gostaria de destacar a indústria das bebidas. Ela é considerada uma das mais seguras do mundo, onde os requisitos de segurança são seguidos à risca, com fiscalização permanente, para que não haja problemas tanto para quem produz as bebidas (os trabalhadores das fábricas, que manuseiam as máquinas do setor produtivo), quanto para quem está consumindo uma bebida, seja ela um refrigerante, uma cerveja, destilados, etc.
Para se ter uma ideia, a indústria das bebidas precisa seguir normas técnicas rígidas, que garantem a segurança de todos os envolvidos no processo produtivo. Uma delas é a norma que trata do IP (Índice de Proteção) dos equipamentos, no caso das indústrias de bebidas deve ser utilizado o IP69K, que indica um alto índice de proteção idealizado para proteger equipamentos contra condições adversas e/ou extremas (humidade, corrosão etc.). Ou seja, se o maquinário de uma produtora de bebidas não estiver atendendo a esse índice, certamente não garantirá que os líquidos dentro das garrafas ou latas estarão totalmente livres de contaminações.
Mais segurança com normas próprias
Apesar de já seguirem todas as normas existentes no mercado, grandes empresas do setor de bebidas também criaram as suas próprias, que norteiam todos os trabalhos dentro das fábricas, como forma de garantir a segurança. Como são companhias, em sua maioria, vindas da Europa e dos Estados Unidos, onde isso é bem comum, elas acabaram importando essa ideia para as suas unidades brasileiras.
Esses critérios próprios das gigantes do setor se baseiam em normas já seguidas no mercado, como as duas que já citei aqui (IP69 e NR-12), além de outras, como as criadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a ISO (International Organization for Standardization, ou Organização Internacional de Normalização, em português).
Isso tudo realmente garante um ambiente mais seguro, tanto é que dificilmente ouvimos falar de acidentes graves nas indústrias de bebidas. E essas empresas sabem que, caso qualquer situação esteja fora das normas, a fiscalização estará sempre atenta. Uma máquina consegue envasar 60 mil latas por hora, no caso das cervejarias grandes. Imagine ficar interditada por 24 horas? Seria quase 1,5 milhão de latas que deixariam de ir ao mercado por conta de uma simples desconformidade com as normas técnicas, que já existem há mais de 10 anos.
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